segunda-feira, 28 de maio de 2007

Resgatando a história das HQs


Página de comics do New York World.

Morning Journal colorido.



As histórias em quadrinhos modernas nasceram da disputa entre dois grandes jornais norte-americanos de Nova York, no final do século passado. Em 1894, os editores do The New York World acharam que elas poderiam ajudar a vender mais jornal e decidiram publicar, pela primeira vez em cores, uma página inteira com histórias em quadrinhos. Dois anos depois, em 1896, o jornal concorrente, o Morning Journal, passou a publicar um suplemento semanal com 8 páginas. Esses dois jornais deram o pontapé inicial às histórias em quadrinhos, como as conhecemos hoje. Foi a partir de então, que a narrativa foi colocada dentro do balão, e o personagem principal e seus companheiros passaram a ter vidas próprias.
Mas se as HQs modernas surgiram somente no final do século passado, a pré-história delas começou muito antes. Na verdade, as HQs estão diretamente vinculadas à história da imprensa, ou seja, ao desenvolvimento da arte e da técnica de reproduzir textos e imagens em papel.
Por volta de 1550, elas tinham pouco texto e imagem e contavam a história dos santos e dos mártires da igreja Cristã. Devido a esta finalidade religiosa, também se imprimiam pequenas histórias para falar sobre religião e o amor de Deus. Tratava-se de histórias com algumas figuras impressas numa única página e uma narrativa bem fácil, com pouco texto, palavras simples, pois o alvo eram leitores que mal sabiam ler ou que tinham acabado de aprender a ler.
Os ingleses foram um dos primeiros a perceber que esse tipo de história com pouco texto e imagens podia servir para as crianças. Começaram, então, a colocar em seus jornais grandes ilustrações com pequenos textos dirigidos aos pais.
A revistinha tal como a conhecemos hoje foi inventada em 1933. Era um tipo de livro com uma encadernação muito barata, presa por grampos, e foi inicialmente distribuída como brinde. Depois passou a ser vendida. A preço baixo, fácil de ler e de acompanhar, inspirada em personagens populares: essa foi a fórmula do sucesso das HQs!